Filed under: Fotos
Filed under: Outros, Referências | Tags: Christian Dergarabedian, Earzumba, música
aqui o link de Christian Dergarabedian, músico-compositor argentino, colaborador deste processo: http://www.myspace.com/earzumba
Filed under: Sem categoria
Durante os meses de janeiro e fevereiro o processo de O outro do outro se desenvolveu em residência nos espaços tragantDansa, O Rumo do Fumo e no Centro Cívico Barceloneta, com a colaboração de Rita Natálio (dramaturgia), Christian Dergarabedian (música) e Cecília Colacrai (assitência ao movimento). Aproveitamos este ensaio aberto para seguir experimentando possibilidades, desta vez tornando o processo público, com a curiosidade de saber de que formas a comunicação pode acontecer.
Agradecimentos especiais a Pedro Nuñez, Elena Castilla, Antje Kuhlebert, Vera Mantero, Mar Córdoba, Olga Tragant, Thiago Mello, Equipe do Centro Civico Barceloneta e Núria Bernaus.
Amanhã, sábado 27 de fevereiro às 21hs, entrada gratuita.
TragantDansa c/ reig i bonet 23 baixos (Gràcia), 08024 BCN (M: L4 Joanic) | t. 93 5398949 |
Filed under: Escrita Coreográfica, Linguagem, Referências, Representação, Sem categoria
Hipotiposis (via wikipédia), (do griego: úποτúπωσις), é uma figura retórica que corresponde a um tipo de descrição vivida que mostra algo longínquo ou pouco relacionado com o público de forma patética ou muito emotiva ante os olhos, ouvidos e a imaginaçao deste público, como se ele estivesse presente assistindo.
Exemplo: quando nas igrejas os padres ou pastores ensinam aos membros como será sua futura estadía no almejado paraíso. (via wikipédia)
Sinestesia (via wikipédia) (do grego συναισθησία, συν- (syn-) “união” ou “junção” e -αισθησία (-esthesia) “sensação” é a relação de planos sensoriais diferentes: Por exemplo, o gosto com o cheiro, ou a visão com o olfato. O termo é usado para descrever uma figura de linguagem e uma série de fenômenos provocados por uma condição neurológica.
Os sinestésicos percebem com freqüência correspondências entre tons de cor, sons e intensidades dos sabores de forma involuntária. Estas experiências não são metafóricas ou meras associações, mas percepções. Alguns vêm cores quando escutam música, outros podem sentir o sabor das palavras.
Os cientistas defendem a idéia de que a sinestesia se deve a uma ativação cruzada de áreas adjacentes do cérebro que processam diferentes informações sensoriais.
Cinestesia (via wikipédia) etimologicamente significa sensação ou percepção do movimento. Em medicina e psicologia esta palavra alude à sensação que um indivíduo tem de seu corpo, particularmente dos movimentos que este realiza. Esta sensação é principalmente facilitada pelos receptores. Por exemplo, por aqueles localizados na cóclea do ouvido interno, e pela percepção da mobilidade muscular.
“A natureza das imagens de algo que ainda não aconteceu, e pode de fato nunca vir a acontecer, não é diferente da natureza das imagens acerca de algo que já aconteceu e que retemos. Elas constituem a memória de um futuro possível e não do passado que já foi. (…) O que as representações dispositivas armazenam em suas pequenas comunidades de sinapses não é uma imagem per se, mas um meio para reconstruir um esboço dessa imagem. Se você possui uma representação dispositiva para o rosto de tia Maria, essa representação não contém o rosto dela como tal, mas os padrões de disparo que desencadeiam a reconstrução momentânea de uma representação aproximada desse rosto nos córtices visuais iniciais” O Erro de Descartes, Antônio Damásio
“Cada um narra a história da sua vida, que dá sentido ao que ele vive. (…) Entre a experiência vivida e a narrativa, é frequentemente bastante difícil dizer qual é a motriz, a que domina.” A Invenção de si, Jean-Claude Kaufmann
Filed under: Alteridade, corpo, Escrita Coreográfica, Identidade, Linguagem, Outros, Representação | Tags: composição, comunicaçao, imaginaçao, subjetividades flexíveis, transformaçao.
Já faz algum tempo que queria voltar a escrever uma nota pessoal neste blog. Falar do trabalho, dos caminhos, das pessoas e reviravoltas deste processo, mas não é tão fácil assim.
Depois de muito andar às voltas com “os outros” em mente (no corpo, claro!), cheguei a um ponto que me parece prévio a esta questão, trata-se da própria idéia de identidade, de como a percebemos, de como construímos e desconstruímos as nossas representações, e as representações dos outros, de como somos múltiplos. E, sim, de como nos relacionamos.
Antes de pensar em esclarecer qualquer “princípio de identidade”, percebo neste trabalho o interesse em questionar os padrões de reconhecimento e identificação, ativar uma visão crítica sobre a idéia de identidade. O que entendemos por esta palavra? O que ela implica? Como podemos construir a nossa história uma vez que hoje podemos reconstruir nossos corpos e identidades? “Toda a utilização da noção de identidade começa por uma crítica desta noção” (Lévi-Strauss).
Durante um período intenso de trabalho com a dramaturga Rita Natálio, experimentamos diversas possibilidades de composição, levantando questões e buscando desenvolver uma estrutura performática com contornos que se interroguem. Relações variadas acontecem no fluxo entre enunciação, ação e imaginação. A comunicação e seus detonantes.
Surge o interesse pelas biografias, memórias, vozes, gestos, palavras, rostos e nomes. Penso nas pessoas. Penso nas subjetividades flexíveis, e me fascina o lugar físico que é a imaginação, aquilo que nos permite ler e compor, porque já sabemos que a imaginação habita na percepção, e inversamente.
E o trabalho vai acontecendo, através da presença, da escrita e leitura, dos desdobramentos, à procura de sutilezas e de uma relação direta com o outro. As questões vão se abrindo em outras e o próprio lugar da linguagem inunda este processo de dúvidas e aprendizados. A cada ensaio surgem novas possibilidades, e através dos limites pessoais surgem descobertas. A cena se revela um lugar aberto, destinado a relações e transformações. Aqui viramos outros, uma e outra vez.